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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O que é Comportamento #3: Reforço e Punição




Continuando a sessão "O que é - Comportamento", falaremos hoje sobre reforço e punição, variáveis que controlam o comportamento operante, que apresentamos aqui.

Quando a consequência do comportamento aumenta a probabilidade da resposta ocorrer, dizemos que esta consequência é um reforçador. Os reforçadores podem ser do tipo “reforçador positivo”, quando ocorre a introdução de um estímulo reforçador no ambiente. Um exemplo corriqueiro de reforçador positivo é, quando inserimos uma moeda em uma máquina de refrigerantes, obter o refrigerante (a resposta é “inserir a moeda na máquina” e a consequência “obter o refrigerante”). Outro tipo de reforçador é o “reforçador negativo”, que o ocorre quando é eliminado do ambiente um estímulo aversivo. Por exemplo, pedir silêncio na biblioteca e as pessoas diminuírem o volume das conversas: a resposta é “pedir silêncio” e a consequência é “diminuição do ruído”; este reforçamento é negativo, pois, provavelmente você irá pedir silêncio em situações parecidas e foi removido um estímulo que lhe era aversivo (ruídos).
Caso a consequência do comportamento faça com que a probabilidade da resposta ocorrer diminua, dizemos que ocorreu a punição. A punição também pode ser entendida por dois modelos, de maneira análoga ao reforçamento: ela é punição positiva quando se acrescenta um estímulo aversivo no ambiente e punição negativa quando se extrai do ambiente um estímulo reforçador. Respectivamente, apresentamos dois exemplos de punição: quando a mãe dá uma palmada no filho e quando um irmão desliga o aparelho de som enquanto está tocando a sua música predileta.
Os exemplos anteriores são extremamente simples, apenas para explicar o termo apresentando e não consideram a história de aprendizagem nem o contexto no qual as respostas ocorreram. É importante sempre considerar a função e os antecedentes para as respostas. Discutiremos isto mais à frente

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ação das drogas #2 - Álcool


Dando continuidade ao post sobre Ação das Drogas, falaremos sobre o álcool. Esta substância tem dois efeitos no organismo: num primeiro momento, funciona como um estimulante, proporcionando sensações de euforia, desinibição, loquacidade (“tagarelice”). A seguir, o efeito passa a ser depressivo, em que ocorre: falta de coordenação motora, descontrole em geral, sono, sendo que o consumo elevado pode levar o consumidor a estados de coma.
A pessoa em síndrome de abstinência (que ocorre em cerca de 6 a 8 horas após consumo contínuo com parada brusca) tende a ter os seguintes sintomas: tremor das mãos, distúrbios gastrintestinais, distúrbios do sono e inquietação (para uma síndrome de abstinência leve); nos casos mais graves, ocorre também uma agitação intensa e desorientação tempo / espaço.
Além disso, o álcool agrega algumas doenças, como por exemplo: doenças do fígado (hepatites e cirroses), do aparelho digestivo (gastrite, síndrome de má absorção) e no sistema cardiovascular (hipertensão). Já para as crianças afetadas pelas mães que fazem uso de álcool, temos que os recém-nascidos apresentam irritação, mamam e dormem pouco e tem tremores. Em casos de abuso mais graves, os recém-nascidos que conseguem sobreviver podem apresentar problemas físicos e mentais.
Associada a esses fatores, o uso de álcool pode influenciar episódios de violência e causar acidentes no trânsito, que não envolvem apenas os consumidores, mas também as demais pessoas que estão no ambiente em que o consumidor se encontra.


No próximo post da série: Solventes.
(Todos os textos da série Ação das Drogas foram baseados no Livreto Informativo sobre drogas, cuja referência encontra-se no primeiro post da série)